É isso que você quer pra sua vida?

Quantas horas por dia você passa na frente de uma tela? nas redes sociais, assistindo vídeos motivacionais e conteúdos “educativos”. E depois de consumir tudo isso, o que fica? Na maioria das vezes, absolutamente nada.

Eu vivo dos dois lados: sou criador e consumidor, e talvez você não tenha reparado, mas todo o conteúdo que eu crio gira em torno de uma coisa só: fazer você usar melhor o seu tempo e aproveitar a sua vida, exatamente porque eu já perdi demais.

Já fui viciado em internet. Passei anos no MSN, no Orkut, Facebook, fóruns, jogos online. E mesmo depois de começar a trabalhar, continuo há 20 anos na frente de um computador. Por isso, eu sei bem como é fácil cair nessa armadilha, e o quanto custa pra sair.

A ironia é que, enquanto você assiste pessoas cozinhando, estudando, se exercitando ou se divertindo, você deixa de fazer exatamente isso na sua vida real.

Só pra ter uma ideia: a média de uso das redes sociais no Brasil é de 4h08 por dia. Se somar o tempo total de tela, chega a mais de 9 horas diárias. Isso significa que a maior parte do tempo acordado é vivido dentro de uma tela. Quatro horas por dia em rede social equivalem a dois meses inteiros por ano só rolando feeds.

E o pior: esse tempo todo afeta sua saúde. Estímulo demais até tarde atrapalha o sono, te deixa mais cansado ao acordar, e afeta decisões como o que você come, se você se mexe ou não, se vai cozinhar ou pedir um fast food. E tudo vira um ciclo de dopamina rápida, que te dá um pico de prazer, e depois te derruba.

Você chega em casa, senta, pega o celular, pede uma comida, e pronto: game over. O sedentarismo venceu mais uma vez.

Por isso, eu sou fã de rotina. Colocar tudo no papel, inclusive o tempo que você passa na internet. Assim você prioriza o que importa e ainda consegue relaxar com consciência.

E tem outro ponto que a gente precisa falar: a vida online tá acabando com a vida real. As redes sociais são tudo, menos sociais. A maioria das pessoas prefere os likes a um encontro com amigos ou família. E isso afeta a sua autoestima, seu senso de pertencimento e até sua saúde mental.

A comparação constante com vidas "perfeitas", que na verdade são só recortes cuidadosamente curados e editados, só te afasta da sua própria realidade. Você não deve querer viver a vida de ninguém. Precisa começar a viver a sua.

A internet tem sim muito valor. Eu mesmo fiz bons amigos aqui. Mas não dá pra viver só nisso. E principalmente: a responsabilidade sobre o que você consome é toda sua.

Então filtre, escolha melhor e crie limites.

Hoje, minha proposta pra você é simples:

1. Defina um tempo diário de redes sociais e telas.

2. Troque uma parte disso por algo da vida real: cozinhar, ler, sair, conversar, estudar, se exercitar.

3. E, principalmente, comece a usar a internet pra se transformar, não pra se anestesiar.

Com o tempo, você vai ver na prática que ficar mais offline é um caminho sem volta. Porque a vida real, quando vivida de verdade, é muito melhor do que qualquer tela pode mostrar.

Então a gente se fala na próxima e valeu!